9/10/2009

Deu a louca no mundo

Faz muito tempo que eu não escrevo uma crônica. Estava meio inseguro de escrever, estava meio a procura da crônica perfeita, para parafrasear um rapperzinho metido a besta. Depois do dia de ontem, resolvi escrever qualquer coisa mesmo, só pra escrever.

Hoje é dia dos professores na China. Na verdade foi ontem, mas lá chegou com dois dias de antecedência em relação a passeata dos professores no centro do Rio. Quando vi aquela foto em que um policial aponta uma arma para uma professora fiquei horrorizado. Merecia capa, prêmio e divulgação mundial a foto. O policial também merece menção, desonrosa.

Outro link com a China, de outro jornal, foi o fato de garotinha de um ano grávida. Eu não confirmei se foi mesmo dia dos professores ontem-hoje na China, vi isso no Skype de uma amiga chinesa, mas pesquisei sobre essa garotinha. Isso chama “fetus in fetu”, e acontece quando um feto é “envelopado”. O que deveria ser a vítima, já que foi absorvido, se transforma em uma massa humana disforme, e passa a parasitar seu gêmeo. Mais ou menos como pessoas que exploram a sexualidade alheia, através da prostituição. Gêmeo quer dizer parecido, de mesma origem. No mesmo jornal tinha a notícia de uma rede de exploração de travestis. Fiquei surpreso (não sei pq) ao ver que a maioria dos líderes eram travestis. Uma classe que sofre tanta descriminação social, mesmo em trabalhos regulares (que vão desde cabeleireiros a médicos) se unindo para explorar seus pares.

Meu dia também foi tumultuado ontem, ontem eu me explorei parasitalmente de forma absurda, revertendo prioridades e passando a vez das pessoas na frente da minha. Isso me gerou um estresse absurdo, o que me fez acordar com a mesma sensação de quando eu ficava bêbado e depois entrava numa briga, lá nos idos dos noventa. Pelo menos, liguei o meu #f*-se e escrevi essas mal-traçadas linhas e me animei a retomar a pena (tem uma pluma enorme no meu teclado). Pra fechar, tenho uma dúvida atroz: o que são esses milhões de tralhas, asteriscos e arrobas que invadem o nome das pessoas, alguém me explica?

Quero ser Salinger.

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