12/07/2009

here

and the lie lies over there, and the truth is out here...

i knew it, and you didn't tell me... why?

i thought you were different, but you are just the same

perhaps the world is right, and i left the well, from the bottom

however stills steel, my heart and will

12/04/2009

Old School Criminal Radio Narrator

O doravante chamado Alcides de Oliveira, assíduo freqüentador de zonas de baixo meretrício e lugares povoado por criminosos, se envolveu em uma contenda, mais exatamente um duelo de facas e teve seu rim, baço e fígado perfurado diversas vezes.

Conhecido pela alcunha de “Raposa”, o meliante foi devidamente socorrido e encaminhado ao pronto-socorro mais próximo do local, Hospital Padre Benjoim Soares, mas veio a falecer duas horas depois do ocorrido.

O infeliz era viúvo e deixa para o mundo duas crianças orfãs.

Tendo filhos pra sustentar, que mal há?

Vou abrir meu blog pessoal entrevistando um dos manos que ouvi muito na minha “pós-adolescência”, Mc Marechal. Idealizador do bonde Quinto Andar, batizado por ele mesmo (segundo o próprio), o cara manda muito e é gente fina pra c*! Ele conversou comigo na festa Luv, da adorável Nicole Nandes, em um clima bem informal, como tem que ser! Ia rolar show do Emicida e seria uma idéia mais sensata eu entrevistar o cara, já que ele mora em Sampa e Marechal é cria do Rio, o que torna tudo mais fácil, mas mesmo assim escolhi ele, por ser uma personagem meio mítica pra mim e muitos amigos. Quem fez a ponte foi Orion Chalub, um moleque maneiro pra caramba. Como eu fiz a entrevista no meio de uma balada, embalado por cervejas, e só escrevi no dia seguinte, deixo o espaço livre para correções, do próprio Marechal ou de alguém que eu tenha citado.

mcmarechal Logo de cara perguntei sobre a briga entre ele e Cabal. Marechal mandou que a parada começou com um mal-entendido, que uma galera do Quinto Andar chamou o Cabal de Mc de festa, mas que ele não tinha falado nada e nem podia, que ele tinha se desligado do coletivo e era ele mesmo um Mc de festa, já que ganhava dinheiro pra cantar e tocar, vivia disso (quando falou isso, Marechal abriu os braços pra ilustrar que tava ali pra tocar). Falou que quando ele e Cabal se encontraram, logo depois do boato, Cabal deu pra trás e negou, dizendo que não tinha nada, que o mal-entendido tinha ficado pra trás. Para Marechal, ele falou isso motivado pelo medo, porque estava longe de casa e dos amigos. Logo depois perguntei sobre a provocação feita na Lapa, território carioca: “terça-feira, duas horas da manhã é mole, não tem ninguém lá, quero ver fazer isso no meio de todo mundo!” foi a declaração do Mc (essas alturas “Produtor Rodrigo”, como a Dj Pathy De Jesus chamava ele toda hora). Pra mim pareceu que o cara não dá a mínima pra isso, desdenha Cabal (vou tentar entrevistar ele também, pra ficar uma coisa mais imparcial, mas vai ser difícil).

Quando a gente mudou de assunto, Produtor Rodrigo teve que se ausentar, pra comandar a mesa de som no show do Emicida, que arrebentou no palco. Marechal tem uma percepção muito boa do som e do ambiente, e ajustava áudio e efeitos constantemente, por cima do balcão, como costuma fazer. Quando Emicida desceu do palco, voltamos a conversar e retomamos o assunto. O link foi uma rima do Cabal que insinua que Marechal é “baba-ovo” de um dos rappers mais famosos do Brasil. Comentei que esse Mc era “jabazeiro” (segundo muitos) e que isso ia contra a postura do Quinto Andar. Ele defendeu o Mc famosão dizendo que se tivesse quatro filhos pra sustentar faria o mesmo, que não tem problema nenhum em fazer isso. Comparou ainda dizendo que “se o salário mínimo vale 500 reais e eu ganho isso pra fazer vinte minutos de rima, me considero rico e vivo muito bem com isso!”. Dentro do assunto, perguntei sobre a relação com os fãs e se ele já foi acusado de estrelismo. Apesar de se considerar um fenômeno por não ter gravado nenhum disco (Marechal se desligou do Quinto Andar antes do lançamento do primeiro disco) e ser bem contado, não faltando trabalho pra ele , o cara afirmou que conversa com todo mundo e não se diz estrela de jeito nenhum, é só uma cara que batalha (posso afirmar isso, já que eu nem conhecia o cara e a gente foi embora da Fosfobox com a mesma galera e ficamos esperando o ônibus trocando idéia). Nossa conversa foi novamente interrompida nesse ponto, e quando retomamos, foi pra falar amenidades e de amigos em comum. Ficou em mim uma sensação muito boa, já que o cara era herói pra mim, um maluco da minha idade que manda muito bem, cantando mais que muita gente que faz sucesso por ai!