1/26/2007

Naked Capone


*Uma entrevista ficticia con Don Capone pouco antes da morte, apresentada em um trabalho de Técnicas de Reportagem.

Alphonsus Gabriel Capone, vulgo “Al Capone” ou Scarface, nasceu no Brooklin, subúrbio de Nova York a 17 de Janeiro de 1899. Aos 16 era subordinado de Frankie Yale, trabalhou como segurança, correio, leão-de-chácara. Quando foi “promovido” para Chicago, sob comando de John Torrio, assumiu seu lugar depois que esse foi ele baleado.

Quando nós o encontramos, em um “ristorante”, o Duo Restaurant & Bar, na 1421 S Miami Ave, ele estava sereno, vestido discretamente com um terno marrom de corte reto e ombreiras, típico italiano. Com a sífilis em estado avançado, apesar de controlada com penicilina, e suspeita de problemas mentais decorrentes da doença, ele nos respondeu com clareza e coesão, se lembrando bem de datas e fatos.

Gustavo: Bom-dia Mr. Capone, primeiro obrigado pela entrevista. Tenho uma dúvida quanto sua origem. Afinal, onde o senhor nasceu? Em Nápoles, Chicago ou Nova York?

Capone: Bom-dia rapazes, o prazer será meu em respondê-los. Vamos lá: eu nasci no Brooklin, subúrbio de Nova York, e não em Nápoles, como muita gente acha, muito menos em Chicago. Sou filho de imigrantes, meu pai Gabrielle Capone é da vila de Castellmarre di Stabia, em Nápoles, e minha mãe, Teresina Raiold, é de Angri, província de Salermo.

Yuri: Como o senhor construiu seu império?

Capone: Eu não diria “construí”, eu diria “herdei” e “ampliei”. Com 14 anos fui expulso da escola, pois agredi um professor. Com o tempo ocioso, me juntei a gangues de adolescentes. Quando estava na “Five Points Gang”, trabalhei para Frankie Yale, que em 1919 me transferiu para Chicago, sob comando de John Torrio, mentor de Yale. Logo virei seu braço-direito. Quando ele foi baleado (“God bless him”), assumi seu lugar no comando e com pulso forte, comprando o que podia, expandi os negócios. Trabalhava com jogos, prostitutas, etc. Eu mantinha um apartamento com cinco suítes e mais quatro quartos de hóspede no Hotel Metrópole, na Avenida Michigan, de onde controlava tudo. Fiquei lá até 1928.

Gabriel: Quantas vezes o senhor foi preso?

Capone: Fui preso quatro vezes: a primeira, quando era adolescente, por perturbar a ordem pública. Depois, em 1926, fui acusado de matar três pessoas, mas fiquei na cadeia só uma noite, porque não encontraram evidências suficientes contra mim. De verdade, a primeira vez foi em 1929, só por estar armado. Mas me dei mal mesmo em 1931, quando fui preso por sonegação de impostos.

Gabriel: E como aconteceu essa prisão?

Capone: Naquela época as pessoas achavam que o que se ganha no jogo não é taxado. No entanto, existe uma lei de 1927, apelidada de Sullivan, que diz que lucros ilegais deveriam ser taxados. Baseado nisso o Governo resolveu me indiciar por sonegação. Eu realmente nunca tinha declarado nenhum ganho e meus negócios não estavam no meu nome, estavam em nome de pessoas de confiança. Tudo que eu ganhava vinha de forma anônima. Então, o Governo colocou o agente Frank Wilson da Unida Especial de Inteligência (Special Inteligence Unit – SIU) na minha cola. Pro meu azar, ele achou um livro de apontamentos que além de atribuir lucros diretamente ao meu nome, ainda mostrava todo mundo que fazia parte do esquema. Logo depois, meu contador, Lawrence P. Mattingly, confessou para o Governo em uma carta que eu obtinha lucros através dos jogos. Juntando a esses dois fatores e mais à coerção das testemunhas, foi o suficiente para me prender.

Gustavo: Como o senhor se defendeu?

Capone: Além de ser acusado de sonegação de impostos, eu fui acusado por delitos menores que lesavam a Receita em 1928 e 1929. Também fui indiciado por conspiração, por ter violado diversas leis entre 22 e 31. Me declarei culpado das três acusações, na esperança de conseguir atenuantes. Mas o juiz encarregado do caso, Juiz James H. Wilkerson, não quis fazer acordos. Como a via legal não funcionou, mudei a minha declaração para inocente e tentei subornar o júri. Infelizmente Wilkerson mudou o júri no último minuto. Peguei dez anos numa prisão federal e um ano numa prisão local. Além de mais seis meses por ter faltado a uma audiência e ter de pagar US$ 50.000 em impostos retroativos e o custo do julgamento, US$ 7.692,29.

Marcelo: O senhor se casou muito cedo, como o senhor conheceu a sua esposa?

Capone: Eu conheci Mary “May” Coughlin em 1918 numa danceteria. No mesmo ano, 4 de dezembro, nasceu o nosso filho, Albert “Sonny” Francis. A gente se casou no final do mês, dia 30.

Gabriel: Por que o senhor decidiu se mudar para cá?

Capone: Eu era grande amigo e fazia negócios com o prefeito William “Big Bill” Hale Thompson Junior, mas ele achou que eu prejudicava sua imagem política e nomeou um novo chefe de polícia para me expulsar de Chicago. Enquanto eu procurava um novo lugar para morar, eu percebi que as pessoas não gostavam muito de mim, a despeito de todo o trabalho social que eu já fiz na vida, mas eu achei um lugar legal 93 Palm Island.

Gustavo: Por quantos presídios o senhor passou?

Capone: Primeiro fui para Atlanta, onde levava uma vida boa, com muitos confortos, apesar de ser uma prisão barra-pesada. Muitos não gostaram disso, então fui mandado para Alcatraz, onde perdi o contato com o mundo. Lá me comportei direitinho, não participei de rebeliões, na esperança de sair mais cedo por bom comportamento. Passei muito tempo internado por causa da sífilis. Em 1939, antes de ser liberado, fui para Terminal Island, um instituto federal de correção californiano para pagar o meu ano por pequenos delitos. Só sai em novembro de 1939.

Yuri: Ninguém nunca tentou derrubar o senhor?

Capone: Sim, muitas vezes, mas como eu tinha uma rede de espionagem muito eficiente, que ia de entregadores de jornal a policiais, qualquer princípio de motim era descoberto.

Marcelo: Em 1929 o senhor foi eleito o homem do ano ao lado de Einstein e Mahatma Gandhi, o senhor vê alguma relação entre o senhor e os dois?

Capone: Sim. Com Einstein eu me igualo em raciocínio e lógica e posso provar isso através do meu trabalho de ampliação e desenvolvimento da organização e com Gandhi por ter sido sempre generoso, ter sustentado muitas associações e na crise de 29 fui o primeiro a distribuir sopas e comprei muitas roupas e comida para necessitados.



1/04/2007

FELIZ ANO MESMO

Ano novo, vida nova: sempre achei essa máxima o mínimo! nunca consegui entender como fazer para tornar vinho de água, mas ok, sigamos em frente...
Eu quero um ano exatamente o mesmo, ao menos para mim. Não o mesmo o mesmo, mas o mesmo progressivo, pois o meu teve uma curva ascendente vertiginosa: caso o mesmo ano que chegou continue igual o mesmo ano que foi, para mim será fantástico!
Nesse ano comecei jornalismo, passei para o segundo semestre, mudei meu local de vivencia (morada, como dizem os amigos lusitanos), meu local de trabalho, esse ano fiquei muito melhor e com um relacionamento mais adulto com Elisa, com as pessoas ao meu redor, esse ano encontrei Marcelo Rubens Paiva(feliz ano velho, próximo ao ano novo), Cora Ronai, Ziraldo, todos ídolos.
Nesse ano que passou hospedei minha família, conheci pessoas novas, dei uma renovada em algumas amizades, ganhei elogios, criticas, destrutivas, construtivas, vagas, sem fundamentos, fundamentadas.
Nesse ano que passou me exercitei muito, fiz regime, atingi metas. Nesse ano encostei a mão no chão sem dobrar o joelho (fundamental, tanto que mandei uma mensagem a Elisa...), fiz barra, paralela, abdominal e paralela :).
Nesse novo ano: hospedarei minha família outra vez, me exercitarei mais, fiz bodas de algodão com Elisa, encostarei o rosto no joelho, correrei na lagoa, escreverei com mais afinco, comprarei uma filmadora, farei um filme, editarei um filme, farei um fanzine, amarei muito Elisa, estudarei muito, lerei mais ainda, comprarei um gravador de voz e uma maquina fotográfica, encontrarei mais pessoas, farei mais amigos, me dedicarei aos que já tenho, aceitarei criticas, rejeitarei algumas, claro.
E pra fechar:
FELIZ ANO MESMO PRA MIM, E, AH, FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!