3/11/2007

Não entendam assim...


Não é regionalismo, não entendam assim, por favor! Ah! Muito menos bairrismo, até porque, escolhi (ou fui escolhido...) viver em uma cidade diferente da minha. Também não é sobre sotaque: mesmo que eu ache alguns detestáveis.

Sotaque é uma coisa bem complexa, é impossível saber o quê está certo: carlne, carrrne, paxtel, passtel, (sic).

É sobre o quê?

Bem... Eu sou um paulista típico, fora o fato de não falar “meul”, prefiro “cara”, e moro na cidade maravilhosa – um desterrado J.

Chegamos ao ponto!!! Mesmo eu sendo um paulistão, não tenho o menor orgulho de falar “os cara”, “as mina”, “dois pastel”. Não tenho mesmo, olha que eu sei a razão histórica disso, não justifica, é um português medonho!!!

Agora, ouvir alguém dizer, com certa arrogância, que fala errado, que fala “tiatro” “tisoura”, “tumate”, entre outras, e chamar isso de identidade me assusta... É como se um humilde cidadão se sentisse honrado de dizer “prástico”, “estrombo” (estômago).

O mais arrepiante é ouvir isso de alguém que supostamente deveria me ensinar.

Não é uma questão de confrontar, não é insubordinação, não entendam assim, ok? Mesmo que tenha sido dito em tom de piada, foi desnecessário e inapropriado. Isso me envergonha por meus amigos que nasceram aqui na cidade maravilhosa e reconhecem os problemas sociais ou lingüísticos. Não importa, assim como eu vejo, mesmo distante, os “pobremas” “di” minha amada “Sum Paulo”.

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