7/13/2012

pequena história romântica do escritor

pobre escritor, sem desenvoltura para se expressar

pobre escritor, sem articulação para falar

podre escritor, sem talento para atuar

pobre escritor, sem inspiração para pintar

pobre escritor, sem swing para bailar

pobre escritor, sem olhos para fotografar

pobre escritor, sem mãos para esculpir

podre escritor, com um coração que insiste em amar

7/09/2012

non ducor duco

32São Paulo é a maior unidade federativa do Brasil em todos os aspectos, com única exceção ao territorial. Me orgulho de ter nascido em um estado guerreiro, trabalhador, com um passado cheio de glória e um presente com riquezas e tecnologia. Somos responsáveis por uma parcela significativa do PIB nacional, por boa parte do desenvolvimento da união e destino de muitos estudantes e trabalhadores que não se importam em enfrentar o trânsito, a poluição e o clima instável de Sampa.

Pessoas dos quatro cantos e de todas as cinco regiões migram para São Paulo em busca de desenvolvimento pessoal, dinheiro, lazer, cultura. Somos o estado que nunca para abrigando a cidade que nunca dorme. Somos formados por bolivianos, japoneses, angolanos, árabes, italianos, maranhenses, baianos, mineiros, goianos, gaúchos. Todos que se misturam a todos e com todos moldando as qualidades da terra da garoa, do café, da indústria e da vida noturna.

Hoje celebramos 80 anos da maior luta, dentre tantas, de que fomos palco. Em quatro frentes pelo estado e em seu coração, São Paulo lutou pela reforma constitucionalista e pelo direito de ter um interventor que fosse de nossa região para nossa região. Apesar do descontentamento, a batalha principal visava a aprovação da Constituição Nacional, e não o separatismo.

Como todo clichê se enquadra em algum canto, no entanto nem tudo são flores. Me envergonho dos que pregam a segregação, a eugenia, o separatismo, que chamam àqueles que cá vêm para produzir de “essa gente feia”. Fico vexado em ser comparado aos que em nome de meu estado querem expulsar os que não esperam nada além de uma melhor vida em um lugar que enxergam como seu oásis libertador. Sempre tenho prazer em estar com quem identifica São Paulo como terra da oportunidade, enquanto sinto desgosto daqueles que chamam São Paulo “de minha” sem terem a menor noção da tamanha bobagem que vomitam. São Paulo não é de ninguém, São Paulo é de todos que por aqui passam, vivem, se divertem, estudam, trabalham, visitam, amam!

Parabéns São Paulo pelos 80 anos da Revolução Constitucionalista!

Que nos seja permitido mais 80 décadas de glória!

(Para ilustrar esse texto, uma linda imagem encontrada no blog “Tudo Por São Paulo” que suporta os dizeres “Exercíto Constitucionalista” com colunas verde e amarelas, prova do teor não-separatista no movimento!)