3/11/2007

Não entendam assim...


Não é regionalismo, não entendam assim, por favor! Ah! Muito menos bairrismo, até porque, escolhi (ou fui escolhido...) viver em uma cidade diferente da minha. Também não é sobre sotaque: mesmo que eu ache alguns detestáveis.

Sotaque é uma coisa bem complexa, é impossível saber o quê está certo: carlne, carrrne, paxtel, passtel, (sic).

É sobre o quê?

Bem... Eu sou um paulista típico, fora o fato de não falar “meul”, prefiro “cara”, e moro na cidade maravilhosa – um desterrado J.

Chegamos ao ponto!!! Mesmo eu sendo um paulistão, não tenho o menor orgulho de falar “os cara”, “as mina”, “dois pastel”. Não tenho mesmo, olha que eu sei a razão histórica disso, não justifica, é um português medonho!!!

Agora, ouvir alguém dizer, com certa arrogância, que fala errado, que fala “tiatro” “tisoura”, “tumate”, entre outras, e chamar isso de identidade me assusta... É como se um humilde cidadão se sentisse honrado de dizer “prástico”, “estrombo” (estômago).

O mais arrepiante é ouvir isso de alguém que supostamente deveria me ensinar.

Não é uma questão de confrontar, não é insubordinação, não entendam assim, ok? Mesmo que tenha sido dito em tom de piada, foi desnecessário e inapropriado. Isso me envergonha por meus amigos que nasceram aqui na cidade maravilhosa e reconhecem os problemas sociais ou lingüísticos. Não importa, assim como eu vejo, mesmo distante, os “pobremas” “di” minha amada “Sum Paulo”.

3/07/2007

Maldito Império


Esse trabalho foi feito por mim baseado no Livro "Império"

eu dei um ctrl-c ctrl-v, portanto está diagramado como se fosse no papel, referências no final...





Índice:

Introdução

Capitulo 1

Capitulo 2

Capitulo 3

Conclusão

Fontes


Introdução:

O primeiro capitulo trata da frase de Frantz Fanon, “O Mundo Colonial é um mundo cortado em dois”. São avaliadas as experiências do psiquiatra e como elas afetaram sua visão do Mundo. Também é debatida a alteridade e em como ela existir deixou marcado o mundo moderno.

A segunda parte fala sobre o distanciamento que ocorre gradualmente entre Estado e Nação, e quais foram as causas e as conseqüências desta separação. Discorre sobre a nova ordem mundial e as mudanças ocorridas para se chegar até ela.

O capítulo três é sobre Alexis Tocqueville e sobre as impressões que ficaram de uma visita que ele fez aos EUA. Mostra as comparações feitas dentre a democracia de massa e o velho sistema europeu. Lá encontramos também o desfecho dessa heterogeneidade.

Finalmente, na conclusão é feita uma breve ligação entre os temas e são citados pontos que ficaram fora dos três capítulos, mas que são pertinentes a discussão.

Espero que seja uma leitura agradável, e que todas as idéias possam ter sido bem expressadas.

Gustavo Cordeiro



1 – Analise a citação de Frantz Fanon, no capítulo “A Dialética da Soberania Colonial”, “O Mundo Colonial é um mundo cortado em dois”:

Para entender bem essa frase e a propriedade com a qual ela foi dita, precisamos antes conhecer um pouco sobre Fanon: onde ele nasceu, quem ele foi, quais foram suas experiências mais marcantes.

Nascido na Martinica em 1925 - quando ela ainda era uma colônia francesa -, era mestiço, descendente de escravos e com um pai branco. No ano 1940 ele viu os soldados franceses, que estavam baseados na ilha devido à guerra contra os nazistas, atacando a população negra pobre: em manifestações explícitas de racismo os soldados matavam os homens e estupravam as mulheres. Aos 18 anos viajou para Dominica, onde se alistou no Exército Livre Francês. Em 1945, após a derrota dos nazistas e a tomada da Alemanha, seu pelotão foi “limpo”, e todos os soldados negros foram enviados para Toulon. Depois desse episódio ele retornou para a Martinica para um breve período, seguindo para Lyon, onde se formou em psiquiatria no ano de 1951. Durantes seus estudos ele ainda lia sobre filosofia, política, literatura e foi na França que ele escreveu seu primeiro livro: Black Skin, White Masks,

Mas é na Argélia que ele escreve “Os Condenados da Terra” (The Wretched of the Earth), onde denuncia a tortura francesa nos argelinos e fala sobre como os processos de destruição da identidade local afetam os colonizados.

No contexto de “Império” a frase fala sobre a alteridade criada pelo colonizador, que divide o mundo em dois: um desenvolvido e civilizado, que tem o direito de submeter o outro mundo, subdesenvolvido e bárbaro. Essa visão etnocêntrica é tão arraigada na cabeça do europeu, que atinge até aqueles que deveriam supostamente ajudar, como o missionário Bartolomé de Las Casas, que entende os ameríndios como quase humanos e que tudo que deveriam fazer para equivaler a humanos plenos era negar sua cultura e aceitar a Cristo como seu salvador e única religião.

Nesse processo de criação do outro, o europeu em um primeiro momento “importou” esse outro para si, criando imagens e fazendo a imaginação popular voar cada vez mais alto. Quando todas as concepções ficaram cristalizadas no inconsciente popular, o europeu tratou de “exportá-la” para o colonizado, fazendo com que se vissem não como donos de uma cultura própria e rica em diferenças, e sim que deviam renegá-la para vir a ser algo melhor ou, talvez quem sabe, virem a se tornar humanos.

Hoje, infelizmente, ainda há muito resquício deste corte em dois, dessa estereotipagem do Outro, como se pode observar na guerra do Iraque, ou nos recentes ataques a Paris por muçulmanos e até mesmo em estádios de futebol, onde jogadores negros de toda parte do mundo são chamados de macacos e sub-raça.

Frantz Fanon influenciou muitos movimentos liberatórios, se naturalizou Argelino, foi representante do país em diversas ocasiões e conseguiu ajudar diretamente a independência da Argélia, que ocorreu um ano depois de sua morte precoce: 1962.



2 – Descreva a justificativa de Michael Hardt e Antonio Nigri para a mudança gradativa na relação entre Estado e Nação nos séculos XIX e XX, no capitulo: “Constituição Mista”:

Se no começo do capitalismo quem regulava o capital dentro da metrópole era o Estado, fora da Metrópole as Empresas já detinham poderes quase que absolutos sobre os territórios em que operavam. Michael Hardt e Antonio Nigri citam o exemplo da Companhia Holandesa das Índias Orientais, que governou Java até o fim do Séc. XVII, e mesmo depois de dissolvida, a iniciativa privada governou de forma quase independente com relação ao Estado. Eles concluem dizendo que, se dentro do Estado eles foram governados sob protestos, fora do Estado eles gozavam de soberania plena.

Já nos Séc. XIX e XX, as empresas cresceram e começaram a se unir de forma cada vez mas intrínseca. Nos EUA e na Europa, formaram cartéis, gerando quase-monopólios e trustes. Começaram também os primeiros esboços das multinacionais com as características que conhecemos hoje. Como a competição faz parte do capitalismo, esse processo de monopolização gerou uma crise no mercado, além de diminuir o poder do Estado, que teve que reagir e se impor, criando leis antitruste e aumentando taxas, para enfraquecer a iniciativa privada e se manter no poder.

Atualmente essas medidas já não são tão eficazes, pois se um Estado cria uma barreira – aumentando impostos, criando leis trabalhistas desfavoráveis, inferindo diretamente na gestão da empresa – a empresa não se acanha em levantar âncora e partir para um outro país que a favoreça. A operação de mudança se torna cada vez mais viável devido ao desenvolvimento dos sistemas de comunicação e transporte.

Isso induz ao pensamento de que a iniciativa privada triunfou sobre o Estado, mas, como explicam os autores, isso seria a própria ruína do capital, pois o capitalista, na ânsia de aumentar o seu lucro particular, não hesita em derrubar o seu concorrente imediato, mas isso iniciaria um processo que acabaria em sua própria destruição. O que aconteceu na realidade foi o deslocamento do nível de poder, que hoje se concentra em um nível econômico. O Estado regula, por exemplo, as balanças comerciais e a moeda (o câmbio, ainda que sob pressão) e esse controle é exercido através de meios burocráticos, fazendo uso de dispositivos como a OMC, o FMI ou os grandes Blocos de Nações (exemplo o MCE).

Michael Hardt e Antonio Nigri dizem que o poder moderno é organizado em uma pirâmide com três camadas: na primeira camada lideram os EUA, devido o seu poder bélico e econômico, juntamente com a ONU (não que ele realmente precise desta ajuda, mas ele assim agiria para legitimar suas ações e não fazê-las parecerem unilaterais); ainda na mesma camada, um pouco abaixo, vêm os grupos que são usados nas negociações da política monetária e comercial mundial, como o G7 (atualmente G8, depois da inclusão da Rússia), os Clubes de Londres e Paris e Davos (FEM); e na base dessa primeira camada eles citam um terceiro nível, com associações não tão poderosas, mas que exerceriam o mesmo tipo de influencia militar e econômica. Na segunda camada há um poder que não prima pela intensidade ou pela união, mas sim pela ramificação e articulação pelo mundo, é constituído pela iniciativa privada e pelas redes de controle que ela joga no mundo. Essas redes são fundamentadas na troca de influências (como nos velhos sistemas feudais), no desenvolvimento de tecnologias, no controle de produção de bens e capital. É através delas que são feitos os controles e a homogeneização do território mundial e organização dos mercados, em uma relação de amor e ódio com a primeira camada. Dentro dessa segunda camada, logo abaixo as Multinacionais que tecem a rede, há os Estados-nação que filtram tudo que é produzido e controlam o que acontece dentro de seu território. Esse nível é um tanto polêmico, pois muitas vezes um país é obrigado a fazer concessões a exigências abusivas das multinacionais. Os países que fazem essas concessões podem ser induzidos por diversos fatores, que vão desde pobreza, o que não lhes deixa escolha - ou abre espaço para a empresa ou sua população padece faminta e desempregada - até a corrupção de seus governantes, que pensando em seu próprio umbigo, não se importam de fazer sofrer seus patrícios. A última camada do poder é constituída pela multidão, que não consegue exercer o mando direto, então é organizada de forma a desempenhar esse poder de modo indireto. Ela pode ser representada pelo seu Estado, pelos seus governantes; ou através das ONG’s, que simbolizam os anseios reais da população e são relativamente independentes do Estado e também do capital. Ainda podem ser representados através da Mídia ou da Religião, mas é arriscado confiar na total imparcialidade da imprensa, ou até mesmo atestá-la como integra em um modo geral e, se, muitos Estados se proclamam laicos, a Religião em mais de uma oportunidade histórica assumiu o controle do mesmo (sempre depois de uma explosão fundamentalista).

Talvez sejam as ONG’s as entidades que mais representem a separação entre Estado e Nação. Conceitualmente o Estado é formado por uma comunidade que ocupa o mesmo espaço físico, debaixo da mesma Constituição e com um governo único em comum. O Estado precisa ser reconhecido pela Comunidade Internacional para poder ser soberano e também fazer acordos internacionais . Já a Nação e formada por indivíduos que possuem características étnicas e culturais em comum (idioma, religião, mentalidade). Para exemplificar bem a diferença, podemos citar aqui no Brasil as nações indígenas, que apesar de estarem dentro do mesmo Estado Soberano, possuem regras internas de condutas bem distintas das dos demais cidadãos brasileiros e no mundo os Países Bascos, que está dentro de território espanhol, mas possui sistema bancário, moeda e idiomas próprios.

As ONG’s defenderiam o interesse direto da Nação por não estarem diretamente ligadas a nenhum governo. Essa defesa pode muitas vezes ir de encontro aos desejos do Estado. A Anistia Internacional os Médicos sem Fronteira são citados em “Império” como exemplos de ONG’s que representam diretamente uma Nação e, se preciso, passam por cima de Estados para chegarem a suas metas de atender a população.



3 – Explique a visão de Tocqueville, sobre a crise da Europa e sobre suas Implicações.

Capítulo: Geração e Corrupção:

Para Aléxis Tocqueville o poder europeu se enfraqueceu drasticamente, contrastando com a ascensão americana, devido à crise da democracia.

Nos EUA do século XIX se disseminava a idéia de que não se nascia americano, escolhia-se ser americano - independente de onde viesse, qual fosse a religião ou etnia (há, é claro, a falácia dos afros-descendentes e latinos, mas esse não é um tema pertinente nessa discussão): a chamada “democracia de massa”. Na Europa crescia o nacionalismo exarcebado, que gerou muitos conflitos internos, provocou lutas trabalhistas, dissidências de filósofos e cientistas e êxodo de cidadãos, todos migrando para o Novo Mundo.

Durante seu “Démocratie en Amérique”, Tocqueville tece comparações entre os sistemas europeu e norte-americano:

  • enquanto nos EUA há a democracia de massa e na Europa prevalece o despotismo;
  • nos EUA os cidadãos respeitam a idéia de propriedade particular porque têm o direito à propriedade particular e na Europa as terras e as empresas particulares se encontram na mão dos nepotistas e uns poucos aristocratas;
  • os norte-americanos aprendem que devem confiar em sua própria capacidade de lidar com problemas que envolvam terceiros, os europeus jogam a responsabilidade das suas vidas nas costa do Estado, sobrecarregando-o.

Para Tocqueville, a democracia era um processo dinâmico e universal, que competia a todos os indivíduos da sociedade em igual proporção e qualquer atentado contra (no caso o nepotismo), seria fadado ao fracasso. Ele pergunta “será que um sistema que venceu o feudalismo e os reis irá recuar diante da burguesia e dos ricos?”, e a resposta foi dada pela falência da Europa. Ele compreendia que a Europa deveria se retratar e abolir esse sistema que já não funcionava tão bem, uma tendência que se nota em vários outros autores e filósofos contemporâneos dele (como Hegel), mas isso não aconteceu e todas suas previsões se tornaram verdadeiras.

Já do início até a metade do século XX vieram os golpes fatais: as duas grandes guerras (a primeira entre 1914 e 1918, a segunda entre 1939 e 1945, ambas em território europeu), que arruinaram a Europa. A Segunda vai totalmente ao encontro das previsões de Tocqueville: a Europa rui completamente, sem dinheiro, com uma produção cultural medíocre e apagada, cidades destruídas, populações dizimadas e acaba sendo salva pelos EUA, que definem a guerra e reconstroem os países destruídos, criando uma hegemonia tal que faz com que os demais países se tornassem subordinados a ele. Esse poder foi exercido em vários flancos desde então, sendo os principais o poder econômico e bélico adquiridos e o cultural, que fez com que sua indústria conquistasse o mundo e definisse o Império moderno.



Conclusão:

Falar de Frantz Fanon e Alexis de Tocqueville em uma mesma análise, separando os dois justamente por um tópico que os aproxima – o deslocamento do poder em espaço e tempo – é fascinante.

Fanon fala com propriedade das disparidades que existem nas relações de poder: mais do que um acadêmico que observa a vida dentro de um aquário, ele viveu o drama sobre a qual ele escreveu, era um cidadão do novo mundo e mestiço. Em contrapartida Tocqueville era um membro da aristocracia, francês e que pôde avaliar o contraste que surgia no mundo em uma viagem que fez ao Estados Unidos da América. Antagônicos, eles previram o mesmo fim para os velhos sistemas imperialistas.

Escrever sobre o primeiro tópico só me foi possível depois de uma pesquisa sobre Fanon, e no final achei que a história dele conclui mas do que muitas divagações sobre o tema, mesmo que tenha deixado de lado alguns tópicos do capitulo que considero muito importante e deixei de refletir, como por exemplo os comentários de Marx sobre a Índia, o fim da escravidão e os meios que conduziram isso, as lutas pela libertação e o encaixe da carapuça (bumerangue da alteridade), momento onde o colonizado assume o estereotipo e o usa como uma bandeira de luta e emancipação. Nos últimos anos notamos que as cicatrizes desta alteridade resultaram em um quelóide: o terrorismo moderno e a luta entre o ocidente cristão e o oriente muçulmano.

O segundo, até pela forma como ele foi proposto, foi baseado quase que exclusivamente no livro, e me detive ao conceito de Estado e Nação e sua ligação direta com a recomendação, mas o paralelo com o sistema de Políbio para Roma tem tudo a ver com o texto, apesar de não ter sido citado. Durante a descrição da pirâmide procurei ser o mais fiel possível a construção dos autores e a sua ligação com as três formas boas de poder: a primeira camada corresponde ao Monarca, a segunda a Aristocracia e a terceira a Democracia.

O último foi-me o mais trabalhoso, pois em “Império” a citação se refere exclusivamente aos EUA, assim como a obra do próprio Tocqueville. Em seu livro ele fala sobre a tradição de Thomas Jefferson e de como está sendo construída a jovem nação. As citações que ele faz da Europa são indiretas e sempre em contraposição ao que é dito sobre os EUA. As implicações foram mais fáceis de serem encontradas, no próprio “Império” há as respostas, como a fuga dos cientistas e artistas (de Paris para Nova York por exemplo), as grandes guerras, o financiamento feito pelos EUA para a reconstrução das cidades arruinadas, o que gerou dívidas de favores para com eles.

Uma coisa que me chamou a atenção foi a acomodação bélica da Europa depois da Segunda Guerra Mundial: ela deixou que os EUA a protegessem e investissem em armas para combater o Mal (a Rússia), enquanto ela podia concentrar toda a sua força em pesquisa tecnológica, educação e bem estar da população. Em longo prazo isso contribui para a descentralização do poder do Império e a cristalização do bloco, que conseguiu uma economia e moeda em comum entre todos os países membros. Se hoje os EUA ainda não precisam de ajuda para atingir seus objetivos, por outro lado não é vantagem nenhuma para esse país ir de encontro direto aos interesses da comunidade européia.


Fontes:

Internet:

http://www.libertaddigital.com/ilustracion_liberal/articulo.php/251

http://www.nodulo.org/ec/2005/n044p07.htm

http://www.nodulo.org/ec/2005/n045p07.htm

http://www.nodulo.org/ec/2005/n046p07.htm

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742003000200004&lng=en&nrm=&tlng=pt

http://www2.rio.rj.gov.br/cgm/clipping/especial/noticia_detalhe.asp?idClipping=2499

http://www.udp.pt/textos/comuna1/ultraimperialismo.pdf.

http://www.jorgeforbes.com.br/arq/polibioericardo.pdf.

http://ffabios.sites.uol.com.br/

Todos visitados entre 3 e 5 de Julho

Livro:

Hardt, Michael, Antonio Negri; Império. Tradução de Berilo Vargas – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Record, 2001.